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Curitiba, Paraná

Os primeiros habitantes de Curitiba foram os portugueses, os negros, os índios e seus descendentes. No século 19 começaram a chegar os imigrantes europeus e asiáticos, transformando a cidade numa bela e bem organizada metrópole cosmopolita.

O Município de Curitiba é dividido em oito Administrações Regionais que abrangem seus 75 bairros. Todos são atendidos pelo sistema integrado de transportes urbanos.

Grande parte dos bairros de Curitiba nasceu de núcleos coloniais formados por famílias de imigrantes europeus e asiáticos, a partir da segunda metade do século 19.

Os bairros mais antigos datam da época da colonização portuguesaque mantinham escravos africanos para os trabalhos domésticos. Seus descendentes integram hoje a população de Curitiba.

O Centro é uma das área mais movimentadas e onde se concentra a maior parte das instituições financeiras e culturais da cidade.

Os habitantes primitivos de Curitiba eram principalmente grupos indígenas das famílias linguísticas Jê e Tupi-Guarani. Esses grupos incluíam os Kaingang, Xokleng e Tingüi.

Portugueses chegaram em busca de ouro no século 17 e tornaram-se predominantes na região. Até o século 18, a maioria dos habitantes da vila de Curitiba eram portugueses, espanhóis, índios, negros ou mestiços. Nessa época, os tropeiros contribuíam, em grande parte, para o estilo de vida da vila.

Nos séculos 18 e 19, os escravos índios passaram a ser substituídos pelos escravos africanos, principalmente para o trabalho em lavouras. Em Curitiba, alguns escravos africanos eram utilizados em serviços domésticos e nessa época representavam uma parcela expressiva da população da cidade. Conta-se que se podia ouvir cantos africanos à noite, no largo do mercado municipal.

Com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, e a abertura dos portos, iniciou-se oficialmente o processo de imigração estrangeira no Brasil de propósito colonizador. D. Pedro I incentivou a vinda de imigrantes europeus para que povoassem e desenvolvessem as zonas rurais do Brasil. Buscava-se, também, evitar invasões de países vizinhos nessas regiões, principalmente no sul do País.

Em Curitiba, a imigração de intuito colonizador remonta ao início do século 19, com a chegada de famílias alemães. A partir de 1867, estabeleceram-se 35 núcleos coloniais de imigrantes em terras dos campos de Curitiba. A maior parte eram italianos, ucranianos e poloneses. Havia, também, muitos imigrantes, austríacos, suíços, holandeses, franceses e russos.

A intensa imigração europeia promoveu um novo ritmo de crescimento em Curitiba. Influenciou os hábitos e a cultura local. Curitiba tornou-se uma importante região agrícola.Hoje, a maior parte da população de Curitiba, cerca de 1,8 milhão de habitantes, descende desses imigrantes.

No início do século 20 chegaram os imigrantes orientais: principalmente japoneses, sírios e libaneses.

Índios, garimpeiros portugueses e espanhóis, escravos africanos, tropeiros, imigrantes e brasileiros vindos de outros Estados, proporcionam a Curitiba uma riqueza étnica e cultural importante e diversificada. Raramente encontrada em outras partes do planeta.

Essa multiplicidade cultural pode ser hoje percebida na diversidade arquitetônica da cidade, na gastronomia variada dos restaurantes, nos eventos culturais e na variedade de cultos e religiões em Curitiba.

Curitiba tem um dos melhores índices de áreas verdes do País: 52 metros quadrados por habitante, totalizando aproximadamente 82 milhões de m². Ao percorrer as trilhas e atrações das áreas verdes da cidade, é possível imaginar a importância, para a população, dos cuidados com o meio ambiente. Os 30 parques e bosques são o resultado mais visível de uma série de medidas públicas tomadas ao longo do tempo. Algumas se revestem de especial significado.

Nos anos 1970, por exemplo, muitos vazios urbanos poderiam ter sido loteados para moradia, o que representaria lucro imobiliário imediato, mas, provavelmente, uma futura "fábrica de enchentes". A opção, com visão estratégica, foi criar reservas de verde, em parques e bosques que unem as funções de preservação ambiental, saneamento, esporte e lazer.

Alguns parques são lineares, ou seja, existem à medida que diversos deles se unem, ao longo dos grandes rios e em fundos de vale. Funcionam como barreiras naturais para impedir a ocupação indevida dessas áreas, sujeitas a enchentes, e para livrar os rios e córregos da degradação (como sua transformação em depósitos de lixo). Os lagos formados em alguns parques contêm naturalmente as enchentes porque funcionam como reguladores da vazão de suas águas.

A coleta do lixo reciclável, a compra do lixo e o sistema de deposição dos resíduos, no Aterro Sanitário da Caximba, chamaram a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1990. Naquele ano, Curitiba recebeu o United Nations Environment Program (Unep), prêmio máximo na área de meio ambiente.

Contemporaneamente, os programas de separação domiciliar e coleta seletiva de lixo reciclável vêm sendo pensados e aplicados também por alguns municípios vizinhos, em uma atitude de metrópole – porque gente não tem fronteiras - reforçada pela legislação e sua fiscalização, por órgãos das três esferas de poder público.

O interesse da população em preservar o meio ambiente aumenta na mesma proporção dos benefícios gerados pelos programas ambientais. O Câmbio Verde, por exemplo, troca lixo reciclável por sacolas de hortifrutigranjeiros de época, em pontos fixos da periferia de Curitiba. Outra iniciativa importante é o Olho d’Água, programa de educação ambiental com participação comunitária, especialmente de estudantes da rede municipal de ensino. É uma grande parceria para monitorar a qualidade da água das bacias hidrográficas dos principais rios que cortam Curitiba.

Do simples plantio de árvores a todo o complexo de produção vegetal, do pequeno jardinete ao parque gigantesco, da atitude de Se-Pa-Rar o lixo em casa até a transformação de plástico, lata e papel em novos produtos, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente se empenha em preservar e melhorar o espaço de vida coletivo dos curitibanos, por uma vida com mais qualidade e com um olhar generoso na direção das gerações futuras.

© 2015 por Luana Araújo

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